Os cenários do Quênia remetem aos safáris originais, de décadas passadas. A ancestralidade está muito presente nesse solo e o povo Maasai perpetua a cultura de quem conhece os animais selvagens de perto, quase como animais de estimação.
Conhecer esse destino é uma verdadeira imersão cultural e histórica, sem mencionar a possibilidade de presenciar um dos maiores espetáculos da vida selvagem: A Grande Migração.
Os Masaai são um povo nômade. Pastores de animais, uma das maiores características culturais de suas tribos está nas vestimentas vermelhas, propositalmente utilizadas para afastar os animais selvagens. Outro traço marcante é o salto dos guerreiros Masaai, que demarca a autoridade de cada um deles frente ao seu clã, e também para encantar as mulheres solteiras.
A maneira mais tradicional de chegar até Nairobi, capital do Quênia, onde se encontra o aeroporto internacional é através de Johannesburg, mas o aeroporto também recebe voos de grandes cias aéreas como Qatar Airways e Emirates, via Dubai.
Situado no Leste do continente africano, o Quênia faz fronteira com a Somália, Sudão, Etiopia, Uganda e Tanzânia, que, combinados, compõe uma experiência de safári extraordinária.
A melhor época para visitar o Quênia é durante a Grande Migracao, quando os animais atravessam o rio Mara em busca de novos pastos. O impacto causado pelo movimento de mais de 1 milhão de gnus faz o nosso coração saltar pela boca. A poeira sobe e um frio invade a barriga. Ver as leis da selva operando bem à nossa frente, a poucos metros de distância do jipe, proporciona a mais sublime compreensão de nosso pequeno espaço no ciclo da vida. Aqui, temos a certeza de que a Natureza nunca esteve em crise. O ciclo da vida é perfeito e infindável, e nos ensina diariamente grandes lições de luta, resiliência e conquista.
Impossível falar da Reserva Nacional Masai Mara, situada na porção sudoeste do Quênia, sem dizer que ela é uma extensão natural do Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia. Por quê? Porque ela recebe mais de 1,5 milhões de gnus e zebras que, todos os anos, partem do país vizinho para encontrar água e comida em suas terras. E depois eles retornam, num ciclo de busca pela sobrevivência sem igual no mundo. A migração, claro, é a grande estrela local, mas a reserva ainda conta com outros atrativos que enchem os olhos: búfalos, rinocerontes, girafas, leões, guepardos… E uma planície sem-fim que torna qualquer experiência inexplicável.
Colinas verdes, savana, mais de uma dezena de rios. A descrição da paisagem, por si só, inspira. E fica ainda melhor quando a perspectiva é de participar de safáris para ver leões, leopardos, búfalos, elefantes, rinocerontes e mais de 400 espécies de aves, entre elas, algumas raras, que fazem a alegria de “birdwatchers” do mundo todo. Este é o Parque Nacional Meru, localizado na região central do Quênia, a menos de uma hora de voo da capital, Nairobi. Um lugar relativamente pequeno, mas diverso; com poucas e boas acomodações, mas que sempre entrega mais do que se imagina. Um dos segredos bem guardados do país.
Do alto. Este é o convite: observar a vida selvagem africana do alto, a partir das montanhas cobertas de mata que contribuem para fazer do Parque Nacional Aberdare uma das principais bacias hidrográficas do Quênia e o lugar onde a maioria dos rios do país nasce. Dali, dos Montes Aberdare, a paisagem intocada revela zebras, girafas, impalas, leopardos e inúmeras espécies de aves que encontram, no local, tudo de que precisam para a própria sobrevivência.
960 espécies de aves. Entre elas, flamingos cor-de-rosa que podem chegar à casa de dois milhões – isso mesmo, dois milhões – de uma só vez. Estes números, relativos à região de Rift Valley, onde fica o Lago Nakuru, não requerem grandes explicações. Eles dizem por si só. É muita, muita abundância, que atrai, além de amantes de birdwatching, todo e qualquer admirador de maravilhas naturais como esta.
Com tamanho que pode variar de 5 a 30 km2, dependendo da época do ano, o Lago Nakuru é ainda famoso pela colônia de pelicanos que abriga e que divide espaço com rinocerontes brancos e leopardos.
Não é um, não são dois nem quatro ou cinco. São muitos, muitos elefantes que, a todo momento, desfilam diante dos olhos e permitem um contato próximo com a essência da vida selvagem. O Parque Nacional de Amboseli, localizado a pouco mais de 200 km de Nairobi, a capital do Quênia, é um verdadeiro reduto desses animais, que podem ser vistos por meio de safáris com veículos 4×4 ou, até mesmo, a pé, nos chamados “walking safaris”.
Apesar de ser muito associado às manadas, o segundo parque nacional mais popular do Quênia abriga também leões, leopardos, cachorros selvagens, búfalos, zebras, girafas, além de centenas de espécies de aves. Não bastasse tudo isso, ao fundo, a montanha mais alta do continente, o Kilimanjaro, arremata a paisagem.